Desde que eu me conheço por gente tenho insônia. Lembro-me de uma vez, quando tinha 7 anos e ainda morava em São Paulo com minha família, que num dos meus passeios noturnos pela casa, tentando me cansar para conseguir dormir, acabei tomando a direção da sala de televisão, que ficava no térreo. Para minha surpresa estava passando o clássico “Nosferatu”, do alemão F. W. Murnau. Como eu sempre gostei de filmes de terror e suspense, ainda mais envolvendo o tema vampirismo, diminui o volume, me acomodei na cadeira de balanço da minha avó e encostei a porta para o meu pai não me ouvir.
Na cena em que aparece aquela sombra temerosa do Nosferatu, meu irmão, na época com 5 aninhos, me aparece de repente na sala de TV, pedindo para assistir o filme comigo. Recuperada do susto, que quase pôs a perder minha “noite de horror”, disse que era para ele ficar bem quietinho e que se papai nos ouvisse ele iria se ver comigo. Ele se aconchegou nas almofadas que ficavam no chão e acabou dormindo. Lá para o final do filme, o infeliz me dá um berro e começa a chorar. Teve um pesadelo. Só lembro de ter sentido os passos firmes de papai descendo as escadas e a mão dele pegando no braço: “Já te falei para ir dormir e não ficar vendo esses filmes! Assustou o garoto!”. Resultado: fiquei de castigo duas semanas e quase matei meu irmão.
Sou uma fã incondicional de filmes de terror, sejam eles trash, como “A morte do demônio”, ou mais rebuscados com diálogos inteligentes, como “A Chave Mestra” ou o próprio “Nosferatu”. Não me perguntem o por quê, só sei que me diverte demais. Para mim, quanto mais tenso melhor. Por favor, peço que não me pré-julguem achando que sou louca ou sádica... na verdade sou uma romântica inveterada, uma “menina” que usa cor-de-rosa e salto alto, mas que, diferente da maioria, odeia comédia romântica, como “Um lugar chamado Notting Hill”, ou romances melosos, como “Love Story”. Dessa vez posso sim dizer o por quê: utopia pura.
Quando um homem vai invadir uma coletiva de imprensa e pedir uma atriz em casamento, se os homens de hoje tem vergonha de dizer “eu te amo” entre quatro paredes, quanto mais para uma multidão ouvir? Quando, hoje, um homem aceita ser deserdado só para casar com quem ele ama? Vai viver onde? Só se for debaixo do viaduto do Joá. O problema é que quando assisto a um romance ou a uma comédia romântica (geralmente obrigada!) lembro do quanto seria bom se isso tudo ocorresse na vida real. E como não acontece, acabo me sentindo frustrada, irritada e deprimida.
Na sessão das 22 horas no TeleCine de ontem assisti ao filme “Crepúsculo”, mais por insistência de duas amigas minhas (viciadas na saga!) e por curiosidade do que por qualquer outro motivo. Queria ainda ter a propriedade, após vê-lo, de dizer o porquê de eu não ter gostado. Sem falar, que nesse mesmo dia, à tarde, minha curiosidade foi ainda mais desafiada quando, num evento para o trabalho, recebi uma produtora de TV que tinha na mão não uma pauta, mas sim dois dos livros da já imortal (sem trocadilhos com sua famosa obra) Stephanie Meyer: “Crepúsculo” e “Lua Nova”. Ou seja, o universo conspirava contra a minha obstinação em não assistir a esse romance.
Pensei: o ruim é o gênero, mas há também um lado positivo, tem vampiros. Resultado: estava certíssima, não gostei. Fiquei frustrada, irritada e muito, mas muito deprimida. Como assim: “Você agora é a minha vida!”? O filme começa com o personagem do bonitão da vez, agora eleito o mais sexy do mundo, sentindo o cheiro “delicioso” (agora sim o trocadilho) de um amor que demorou séculos para encontrar. Irritado, a princípio, a agride como uma forma de autodefesa, mas depois se entrega. Sabendo que pode machucar seu amor com um simples beijo, resta aos dois ficar somente no clima de sedução... o longa inteiro!
Na cena em que aparece aquela sombra temerosa do Nosferatu, meu irmão, na época com 5 aninhos, me aparece de repente na sala de TV, pedindo para assistir o filme comigo. Recuperada do susto, que quase pôs a perder minha “noite de horror”, disse que era para ele ficar bem quietinho e que se papai nos ouvisse ele iria se ver comigo. Ele se aconchegou nas almofadas que ficavam no chão e acabou dormindo. Lá para o final do filme, o infeliz me dá um berro e começa a chorar. Teve um pesadelo. Só lembro de ter sentido os passos firmes de papai descendo as escadas e a mão dele pegando no braço: “Já te falei para ir dormir e não ficar vendo esses filmes! Assustou o garoto!”. Resultado: fiquei de castigo duas semanas e quase matei meu irmão.
Sou uma fã incondicional de filmes de terror, sejam eles trash, como “A morte do demônio”, ou mais rebuscados com diálogos inteligentes, como “A Chave Mestra” ou o próprio “Nosferatu”. Não me perguntem o por quê, só sei que me diverte demais. Para mim, quanto mais tenso melhor. Por favor, peço que não me pré-julguem achando que sou louca ou sádica... na verdade sou uma romântica inveterada, uma “menina” que usa cor-de-rosa e salto alto, mas que, diferente da maioria, odeia comédia romântica, como “Um lugar chamado Notting Hill”, ou romances melosos, como “Love Story”. Dessa vez posso sim dizer o por quê: utopia pura.
Quando um homem vai invadir uma coletiva de imprensa e pedir uma atriz em casamento, se os homens de hoje tem vergonha de dizer “eu te amo” entre quatro paredes, quanto mais para uma multidão ouvir? Quando, hoje, um homem aceita ser deserdado só para casar com quem ele ama? Vai viver onde? Só se for debaixo do viaduto do Joá. O problema é que quando assisto a um romance ou a uma comédia romântica (geralmente obrigada!) lembro do quanto seria bom se isso tudo ocorresse na vida real. E como não acontece, acabo me sentindo frustrada, irritada e deprimida.
Na sessão das 22 horas no TeleCine de ontem assisti ao filme “Crepúsculo”, mais por insistência de duas amigas minhas (viciadas na saga!) e por curiosidade do que por qualquer outro motivo. Queria ainda ter a propriedade, após vê-lo, de dizer o porquê de eu não ter gostado. Sem falar, que nesse mesmo dia, à tarde, minha curiosidade foi ainda mais desafiada quando, num evento para o trabalho, recebi uma produtora de TV que tinha na mão não uma pauta, mas sim dois dos livros da já imortal (sem trocadilhos com sua famosa obra) Stephanie Meyer: “Crepúsculo” e “Lua Nova”. Ou seja, o universo conspirava contra a minha obstinação em não assistir a esse romance.
Pensei: o ruim é o gênero, mas há também um lado positivo, tem vampiros. Resultado: estava certíssima, não gostei. Fiquei frustrada, irritada e muito, mas muito deprimida. Como assim: “Você agora é a minha vida!”? O filme começa com o personagem do bonitão da vez, agora eleito o mais sexy do mundo, sentindo o cheiro “delicioso” (agora sim o trocadilho) de um amor que demorou séculos para encontrar. Irritado, a princípio, a agride como uma forma de autodefesa, mas depois se entrega. Sabendo que pode machucar seu amor com um simples beijo, resta aos dois ficar somente no clima de sedução... o longa inteiro!
Depois eu é que sou a sádica amante dos filmes de terror. Pelo menos Lestat, em “Entrevista com o vampiro”, morde de paixão suas vítimas, mostrando uma lascividade invejável. Ele as mata para mostrar poder e para se alimentar ou, por algum motivo pessoal, as transforma em vampiros, como fez com seu companheiro, o cansativo Louis. Deixando de lado o amor impossível e ainda assim perfeito entre Bela e Edward, o que Stephanie Meyer fez com os vampiros daquela história? Vegetarianos e que brilham como diamantes ao sol? Ao sol... outra utopia ou um simples ultraje aos contos remotos da mitologia. Depois dessa, Drácula deve estar literalmente se revirando no túmulo. Por mim, Edward, como um verdadeiro vampiro, deixaria seu desejo dominar e transformaria Bela num monstro assim como ele, para que juntos pudessem viver para toda a eternidade. Viram? Eu não menti quando disse que era uma romântica inveterada.
Hahaha! Muito bem mandado, Dona Mariana Costa.
ResponderExcluirGostei da virada no discurso sobre a nova saga de vampiros que se pretende romântico.
Como você, sou mais os clássicos.
Quanto às comédias românticas... bom, até que me divirto com elas.
Beijos.
Amiga.....tô adorando seu blog...rsrsr
ResponderExcluirSó fiquei chateada do post em que vc menciona estar num bar sozinha.....caraca to fazendo isso direto...hauhauahua
Da próxima vez liga, viu? A cadeira pelo meno uma estará ocupada!!!
bjsss Virgínia
hahaha amiga linda!!!!! Vc e seus vampiros que me desculpem, mas Edward é muito romantico sim senhora rs...
ResponderExcluirLhe amuuuu
bjkasssssssssssssss